Recentemente, uma jovem da família decidiu sair do país e procurar uma vida melhor no estrangeiro. Apoiei-a desde o inicio mas, conhecendo as dificuldades, informei-a do quão difícil é, principalmente no inicio.
Ela, com ajuda de conhecidos, decidiu arriscar. Cerca de 3 meses depois, voltou para Portugal.
Se lhe falarem em mim, ela dirá que eu consegui aguentar mais tempo porque tinha o meu (na altura) namorado comigo. Obviamente ter alguém connosco é sempre uma ajuda mas não foi ele que passou pelas minhas dificuldades, não foi ele que sentiu o meu desespero, as minhas saudades, os meus medos.
No fundo, aproveitou-se das ajudas dos outros para passar uma belas férias!
Força de vontade, minha querida, é o que te falta!
Falar em nome dos outros é facil quando não sabemos o que é estar na pele da pessoa arranjar desculpas para quando as coisas não correm muito bem é bom temos de assumir quando somos ou não capazes mas nem toda a gente tem capacidade para isso,bjinhos
ResponderEliminarQue coisa feia de se dizer e fazer. Férias lá fora e com a ajuda dos outros. Mas deixa lá que também deve ser inveja de não ter conseguido o que tu conseguiste.
ResponderEliminarGrande mágoa, Silvana! Deixa lá...tenho uma amiga assim...sem força de vontade para alcançar as coisas mais simples...e quando eu insisto ou tento desafiar sou chutada!
ResponderEliminarVerdade! É mais fácil olhar para o umbigo dos outros do que para o nosso, é mais fácil criticar os outros do que admitir as nossas falhas. A verdade é que há pessoas que preferem optar pelo facilitismo. Mas, não querendo desejar mal a ninguém, tenho para mim que essas pessoas nunca serão totalmente felizes.
ResponderEliminarBeijinho!
Não sei os contornos da história, não sei se ela já teria um plano traçado ou não... O que é um facto (pelo menos para mim) é que por mais arrojados que sejamos e por mais força de vontade que se tenha, nem toda a gente consegue vingar ao abandonar o seu país, a sua cidade, os seus amigos e família. Tendo alguém connosco torna tudo mais fácil de suportar (como costumo dizer "a dividir por dois custa menos").
ResponderEliminarEu sai de Lisboa para tentar a minha sorte no Porto. 300km apenas me separaram dos meus pais e irmã com quem tinha vivido durante 22 anos. Vim atrás de um grande amor que se revelou uma grande desilusão. Sim, é certo que tinha tios e primos no Porto mas cedo quis ganhar a minha independência. O inicio foi difícil mas não foi a força de vontade que me fez continuar por cá: foi o orgulho. Voltar para casa seria admitir que tinha errado na 1ª grande escolha que tinha feito.
Cheguei em Março mas foi em Julho que conheci a verdadeira razão de me manter de pedra e cal na Invicta: comecei a namorar com o meu marido. O que é um facto é que as saudades não passam, amadurecem. E deixamos de ter saudades da comida de pai e mãe e passamos a ter saudades de partilhar com eles "in loco" as nossas vitórias e as nossas desgraças. Por isso posso dizer que nessa altura foi realmente uma benção ter alguém como ele ao meu lado para me apoiar e dar força nos tempos mais difíceis. Sem ele eu teria regressado a Lisboa. Se algum dia (que o diabo seja cego, surdo e mudo) as coisas deixarem de fazer sentido entre nós (o que estou certa que não acontecerá!!)é, certamente, para lá que voltarei.
Por isso digo: não sei as motivações da ida mas acredito nas da volta. Eu, provavelmente, teria feito o mesmo.