6.29.2012

Quando as saudades apertam

Imagem via google
Quando as saudades apertam, penso naquele dia em que decidi tentar ser feliz longe deles. Penso no dia em que eu e ele fartamo-nos de contar os tostões, mesmo tendo tudo o que precisávamos.
Atingindo a vida adulta, não era justo e aceitável por nós continuar a sobrecarregar aqueles que tanto nos deram. Estava na altura de lutarmos longe deles, longe do porto seguro. Saímos os dois, cada um do seu ninho pela primeira vez.
Naquele dia, viramos costas a tudo e rumamos ao desconhecido. Caíram muitas lágrimas mas hoje, é graças a elas, que podemos sorrir.

As saudades ... essas muitas vezes aparecem e continuarão a aparecer até ao dia em que os voltaremos a ver. São duas visitas por ano que nos dão a força necessária para continuar.

7 comentários:

  1. É muito díficil é preciso ter força :)

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  2. Desejo-te tudo de bom na tua vida! Felicidades para ti e para a tua familia. Força tá? beijinho

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  3. E o vosso país está sempre de braços abertos para vos receber...:)

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  4. Muita força... a saudade dói, mas tu és mais forte.

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  5. Obrigada a todas pela força!

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  6. Não fui tão radical mas há 11 anos troquei o conforto de casa dos meus pais em Lisboa por um mundo de aventuras no Porto. Onze anos volvidos e não me arrependo de nada. Aqui cresci, aqui aprendi quem sou e aqui conheci o grande amor da minha vida com quem casei. Aqui criei o meu ninho e aqui estarei sempre na esperança que a minha filhota não sinta necessidade de voar para outras paragens quando essa altura chegar (que infelizmente eu sei que chegará!). São 300km de distância mas não é por isso que nos vemos muitas vezes. A vida condiciona-nos e as viagens acabam por nunca ser muito baratas. São momentos difíceis, principalmente quando precisamos de colinho de mãe ou conselhos de pai mas graças às novas tecnologias falamos diariamente, e recorremos algumas vezes ao Skype para que vejam a neta a crescer, a cantar, a dançar e a fazer tanta outra coisa em frente ao ecran. Esta, para mim é a pior parte da distância...É a tristeza de não poder partilhar com eles este grande tesouro...
    Mas é como dizes, as nossas lágrimas são, também elas, as que nos trazem as alegrias. O saber que conseguimos e o saber que conquistámos o nosso lugar. E o nosso lugar é a "nossa casa", seja a que distância for.
    Beijinhos

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    1. No fundo, o que mais me custa, é isso mesmo, não poder partilhar o crescimento da minha filha com as pessoas que mais gosto. É verdade que temos a internet e telefone gratuito mas não é a mesma coisa.
      Mas a vida é feita de escolhas e esta foi a nossa.
      Beijinhos

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Obrigada pela partilha!